As Vilas de Itaipu
PDF

Palavras-chave

morfologia urbana
habitação operária
cidades de fronteira
Itaipu binacional

Como Citar

RAMMÉ, J.; PINA , S. As Vilas de Itaipu: padrão morfológico e evolução urbana. Revista de Morfologia Urbana, [S. l.], v. 7, n. 2, p. e00115, 2019. DOI: 10.47235/rmu.v7i2.115. Disponível em: https://revistademorfologiaurbana.pnum.org/index.php/rmu/article/view/115. Acesso em: 15 dez. 2024.

Resumo

O plano urbano, composto pelo traçado viário, pelo parcelamento do solo e pela implantação dos edifícios, é o principal complexo da paisagem urbana. Sua compreensão passa pela identificação das Regiões Morfológicas, metodologia desenvolvida por Conzen e aprimorada por diversos autores. Nos municípios de Foz do Iguaçu (BR) e Cidade do Leste (PY), a implantação da Usina Hidrelétrica de Itaipu impulsionou uma série de modificações nas dinâmicas urbanas, sobretudo, nos territórios habitacionais. Entre 1975 e 1979, foram construídas oito vilas habitacionais nessas duas cidades, divididas de acordo com a categoria de funcionários da usina. A hipótese do trabalho se direciona para os impactos distintos gerados pela implantação segregada das Vilas de Itaipu em Foz do Iguaçu, em contraponto aos impactos gerados pela implantação contínua e integrada das Vilas em Cidade do Leste (PY), conforme o contexto sociocultural de cada lugar. Sendo assim, o objetivo deste artigo é identificar as diferentes Regiões Morfológicas das Vilas de Itaipu, particularmente aquelas relacionadas ao traçado viário e ao parcelamento do solo urbano. Os resultados obtidos permitem identificar as forças que atuaram nos processos de conformação destes territórios, podendo, com isso, fornecer subsídios para elaboração e revisão de políticas públicas urbanas e habitacionais.

https://doi.org/10.47235/rmu.v7i2.115
PDF

Referências

Aranha, R. M. (2013) De conjuntos habitacionais à bairros: a construção e o desmonte das vilas de Itaipu (1974-2012). Dissertação (Mestrado) - Centro de Ciências Humanas e da Educação, Universidade do Estado de Santa Catarina: Florianópolis.

Araujo de Souza, A. (2011) Itaipu e a urbanização da zona de fronteira do Iguaçu: cidade e conjuntos habitacionais da usina hidrelétrica. Dissertação (Mestrado) - Centro de Ciências Exatas, Ambientais e de Tecnologias, Universidade Católica de Campinas, Campinas.

Conzen M. R. G. (1960) Alnwick, Northumberland: a study in town-plan analysis. London, Institute of British geographers.

Correia, T. B. (2010) Patrimônio Industrial e Agroindustrial no Brasil: a forma e a arquitetura dos conjuntos residenciais. Em: II Seminário e Patrimônio Agroindustrial, São Carlos. Anais Lugares de memória. São Carlos: SAP/EESC/USP. Disponível em: <https://www.iau.usp.br/sspa/arquivos/palestras/Telma_de_Barros_Correia.pdf>. [Consultado em: 25 de março de 2019].

DGEEC. Dirección General de Estadística, Encuesta y Censo. Atlas Censal del Paraguay 2002, Departamento de Alto Paraná. Disponível em: <https://www.dgeec.gov.py/Publicaciones/Biblioteca/Atlas%20Censal%20del%20Paraguay/13%20Atlas%20Alto%20Parana%20censo.pdf>. [Consultado em: 19 de maio de 2019].

Hall, P. (1988) Cidades do amanhã. São Paulo, Perspectiva.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2011) Evolução da divisão territorial do Brasil 1872-2010. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão: Rio de Janeiro. Disponível em: <https://ww2.ibge.gov.br/home/geociencias/geografia/default_evolucao.shtm>. [Consultado em: 26 de fevereiro de 2018].

Itaipu Binacional (1975) Vila Residencial de Itaipu: Plano de Urbanização. Serete S. A. Engenharia.

Itaipu Binacional. Relatório anual de 1974. Disponível em <https://www.itaipu.gov.br/sites/default/files/af_df/RelAnual-1974.pdf>. Consultado em: 15 de maio de 2019.

Kropf, K. (2014) Ambiguity in the definition of built form. Urban Morphology, 18(1), 41-57. Disponível em: <http://www.urbanform.org/ online_public/2014_1.shtml>. [Consultado em: 07 de julho de 2018].

Moudon, A. V. (2015) Morfologia urbana como um campo interdisciplinar emergente. Revista de Morfologia Urbana, 3(1), p. 41-49. Disponível em: <http://revistademorfologiaurbana.org/ index.php/rmu/article/view/16>. [Consultado em: 30 de dezembro de 2019].

Oliveira, V. (2015) Introdução à abordagem histórico-geográfica e ao conceito de região morfológica. Em: Oliveira, V. ; Monteiro, C. Diferentes abordagens no estudo da forma urbana. Rede Lusófona de Morfologia Urbana. Porto, FEUP Edições.

Oliveira, V. (2017) Regulação da forma urbana e regulação do uso do solo (Editorial). Revista de morfologia urbana, 5(1), 3-4 Disponível em: http://revistademorfologiaurbana.org/index.php/rmu/issue/view/2. [Consultado em: 30 de dezembro de 2019].

Oliveira, F. L. (2017) Green wedge urbanism : history, theory and contemporary practice. UK, Bloomsbury Academic.

Pereira Costa, S. A. P. e Netto, M. M. G. (2015) Fundamentos da Morfologia Urbana. Belo Horizonte, C/Arte.

Rego, R. L. (2017) Unidade de Vizinhança: um estudo de caso das transformações de uma ideia urbanística. Urbe: Revista Brasileira de Gestão Urbana, 9(3), 401-413. Disponível em https://periodicos.pucpr.br/index.php/Urbe/article/view/22102. [Consultado em 05 Dezembro de 2019].

UFPR. Universidade Federal do Paraná. (1974) Plano de Desenvolvimento Urbano de Foz do Iguaçu.

Valderrama, B. B.; Oliveira, M. R. S. (2008) Novos usos e significados das vilas operárias da antiga fábrica Brasital. Revista CPC, 3(5), 53-75. Disponível em <http://www.usp.br/cpc/v1/ imagem/conteudo_revista_arti_arquivo_pdf/revista_cpc_05_patrimonio_cultural_04.pdf>. [Consultado em 26 de março de 2019].

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2019 Juliana Rammé, Sílvia Pina

Downloads

Não há dados estatísticos.