Atributos morfológicos configuracionais e copresença em loteamentos residenciais dispersos de cidades médias brasileiras
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Palavras-chave

copresença
sintaxe espacial
morfologia urbana

Como Citar

BASSAN MARINHO MACIEL, F.; LOPES ZAMPIERI, F. L. Atributos morfológicos configuracionais e copresença em loteamentos residenciais dispersos de cidades médias brasileiras. Revista de Morfologia Urbana, [S. l.], v. 6, n. 1, p. 53–65, 2018. DOI: 10.47235/rmu.v6i1.26. Disponível em: https://revistademorfologiaurbana.pnum.org/index.php/rmu/article/view/26. Acesso em: 15 dez. 2024.

Resumo

O objetivo do trabalho é identificar quais os atributos morfológicos configuracionais de maior correlação com a copresença no contexto sócio-espacial de dois loteamentos residenciais dispersos em Santa Maria (RS), Brasil. Por copresença, entende-se o conjunto de pessoas que estão juntas em determinado espaço. A metodologia é composta por: i) modelagem sintática axial e segmentada da área de estudo com diferentes raios; (ii) coleta da variável copresença categorizada em ‘pedestres em movimento’ e ‘pedestres estacionários’; e iii) cálculo dos coeficientes de correlação de Pearson entre copresença e variáveis sintáticas. Parte-se do seguinte questionamento: como a forma urbana explica a apropriação social dos espaços livres nos loteamentos dispersos? Os resultados mostraram que, embora os dois loteamentos tenham padrões diferenciados de copresença, as variáveis ‘integração’ e ‘escolha’ têm as correlações positivas mais fortes com o número de pedestres. Os tipos de modelagem e de raio influenciaram na força das correlações: a análise angular segmentada com raio métrico mostrou-se mais eficiente para o maior número de categorias de copresença quando estas não são compostas essencialmente por movimento natural. Em geral, raios maiores aplicados às medidas locais geraram as correlações mais fortes: R1000m para a análise angular, e R5 para a análise axial.

https://doi.org/10.47235/rmu.v6i1.26
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