Nem só em Superquadras viverás no Plano Piloto
PDF

Palavras-chave

Habitação popular
Plano Piloto
Morfologia
Patrimônio

Como Citar

PIRES LUCAS, G.; CAMPOS GURGEL, A. P.; DE ALMEIDA FURTADO, I.; ACCIOLY LIMA, P. Nem só em Superquadras viverás no Plano Piloto: Análise configuracional dos projetos originais das quadras 700 sul. Revista de Morfologia Urbana, [S. l.], v. 10, n. 2, 2022. DOI: 10.47235/rmu.v10i2.261. Disponível em: https://revistademorfologiaurbana.pnum.org/index.php/rmu/article/view/261. Acesso em: 15 dez. 2024.

Resumo

O objetivo desse artigo é discutir a morfologia da escala residencial unifamiliar nas quadras 700 sul do Plano Piloto de Brasília, tomando como aparato teórico metodológico a Sintaxe Espacial. Foram analisados os projetos originais, tanto na escala edilícia quanto na urbana, a partir de pesquisa nas fontes primárias disponíveis no Arquivo Público do Distrito Federal. A tipologia habitacional geminada popular, embora não estivesse presente no projeto original de Lucio Costa, logo foi inserida à época da construção à oeste da via W3 sul, com vistas a solucionar a demanda por habitação para servidores antes mesmo da inauguração da capital. As VGA’s dos projetos originais demonstram que critérios de proteção à intimidade e separação entre patrões e empregados são replicados. A inserção desse modo de morar tradicional cria uma dicotomia com o modelo originalmente proposto das Superquadras, especialmente no que tange à preservação patrimonial, visto que a legislação pouco fez para evitar ou fiscalizar as mudanças das casas geminadas.

https://doi.org/10.47235/rmu.v10i2.261
PDF

Referências

Aldrigue, M. d. S., (2012). Aparências da forma e forma do espaço: análise da configuração espacial de residências unifamiliares dos anos 1970 em João Pessoa PB. Dissertação de Mestrado em Conforto no Ambiente Construído; Forma Urbana e Habitação, Universidade Federal do Rio Grande do Norte. [Consultado em 25 de março de 2022]. Disponível em: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/12385

Amorim, L. M. d. E., (2001). Modernismo recifense: uma escola de arquitetura, três paradigmas e alguns paradoxos. https://vitruvius.com.br. [Consultado em 5 de abril de 2022]. Disponível em: https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/01.012/889

Amorim, L. M. d. E., (2008). Flexibilidade espacial: entre o princípio e o mito. In: C. M. S. Griz, ed. Cidades: urbanismo, patrimônio e sociedade. 2a ed. Olinda: FRBH Editora. pp. 297–326.

Beck, M. P., (2011). Arquitetura, visão e movimento O discurso de paulo mendes da rocha na pinacoteca do estado de são paulo. Dissertação de Mestrado em Arquitetura e urbanismo, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. [Consultado em 18 de agosto de 2022]. Disponível em: https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/33455/000787522.pdf?sequence=1

Bonduki, N. G., (2005). Origens da habitação social no Brasil. 4a ed. São Paulo: Estação Liberdade.

Brandão, V. B., (2013). Brasília, a cidade patrimônio e sua escala residencial: preservar o quê? E por quê? Tese de Doutorado em Arquitetura e Urbanismo, Universidade de Brasília. [Consultado em 20 de junho de 2022]. Disponível em: http://bdtd.ibict.br/vufind/Record/UNB_a7ff636e61090c092807325855d65290

Brasil. Distrito Federal. Governo do Distrito Federal, (1960). Código de Edificações de Brasília Decreto n.º 7, 13 de junho. [Consultado em 13 de julho de 2022]. Disponível em: http://www.cbm.df.gov.br/scip/wp-content/uploads/2021/01/Decreto-No-7-DE-1960.pdf

Brasil. Distrito Federal. Governo do Distrito Federal, (1967). Código de Edificações de Brasília Decreto n.º 596, 8 de março. [Consultado em 13 de julho de 2022]. Disponível em: http://www.sinj.df.gov.br/sinj/DetalhesDeNorma.aspx?id_norma=0513067258d14c489003a65d03a4998f

Brasil. Distrito Federal. Governo do Distrito Federal, (1987). Preservação da concepção urbanística de Brasília Decreto n.º 10.829, 14 de outubro. [Consultado em 20 de maio de 2022]. Disponível em: http://www.sinj.df.gov.br/sinj/Norma/15139/Decreto_10829_14_10_1987.html

Brasil. Distrito Federal. Governo do Distrito Federal, (2017). Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília – PPCUB Proposta de minuta de Lei, 3 de março. [Consultado em 11 de julho de 2022]. Disponível em: http://www.seduh.df.gov.br/wp-conteudo/uploads/2017/11/Minuta-PLC-PPCUB.pdf

Brasil. IPHAN, (1992). Proteção do Conjunto Urbanístico de Brasília Portaria n.º 314, 8 de outubro. [Consultado em 13 de julho de 2022]. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/uploads/legislacao/Portaria_n_314_de_8_de_outubro_de_1992.pdf

Bruand, Y., (2010). Arquitetura contemporânea no Brasil. São Paulo: Perspectiva.

Castelo, L. F. M., (2008). Fissuras urbanas. Dissertação de Mestrado em Arquitetura e urbanismo, Universidade de Brasília. [Consultado em 21 de junho de 2022]. Disponível em: https://repositorio.unb.br/handle/10482/4112

Costa, L. M. F. R. d. L., (2017). Diário Oficial do Distrito Federal – Decreto nº 10.829 de 14 de outubro de 1987. In: Anexo I - brasília revisitada. Brasília: SEDUH - Montagem republicação. [Consultado em 20 de maio de 2022]. Disponível em: http://www.seduh.df.gov.br/wp-conteudo/uploads/2017/11/10_BsB_Revisitada_MontagemRepublicacao.pdf

Costa, L. M. F. R. d. L., (2018a). Registro de uma vivência. 3a ed. São Paulo: Editora 34, SESC.

Costa, L. M. F. R. d. L., (2018b). Relatório do plano piloto de brasília. In: Brasília, cidade que inventei. 4a ed. Brasília: IPHAN/Secretaria de Cultura do Distrito Federal. pp. 26–43. [Consultado em 25 de maio de 2022]. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/uploads/publicacao/lucio_costa_miolo_2018_reimpressao_.pdf

Costa, M. E. L. e Lima, A. V., (1985). Brasília 57-85: do plano-piloto ao plano piloto. Brasília: TERRACAP/GDF.

Ficher, S., Schlee, A. R. e França, J., (2010). Guia de obras de oscar niemeyer : brasília 50 anos. Brasília: Instituto dos Arquitetos do Brasil/Câmara dos Deputados.

Frampton, K., (1997). História crítica da arquitetura moderna. São Paulo: Martins Fontes.

Francisconi, J. G., (2011). Da insustentabilidade do plano piloto. Revista de arquitetura e Urbanismo Mínimo Denominador Comum. [Consultado em 23 de maio de 2022]. Disponível em: https://mdc.arq.br/2011/02/17/da-insustentabilidade-do-plano-piloto/

Governo do Distrito Federal, (1987). Norma de edificação e gabarito NGB 40-1987. Brasília: GDF. [Consultado em 11 de julho de 2022]. Disponível em: http://www.sinj.df.gov.br/sinj/Norma/

Griz, C. M. S., (2012). Quando o luxo é necessário: sobre projetos de apartamento no Recife. Tese de Doutorado em Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal de Pernambuco. [Consultado em 20 de junho de 2022]. Disponível em: https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/11394/1/tese_cristiana_griz.pdf

Gurgel, A. P. C., (2018). Diálogos entre Lina Bo Bardi e Julienne Hanson: a produção arquitetônica residencial modernista brasileira sob a ótica da sintaxe espacial. Revistas Uniandes - Darq. (23), 36–65.

Hanson, J., (1998). Decoding homes and houses. Cambridge: Cambridge University Press.

Hanson, J. e Hillier, B., (1984). The social logic of space. Londres: Cambridge University Press.

Holanda, F. D., (2013). 10 mandamentos da arquitetura. Brasília: FRBH Editora.

Lira, J. T. C. d., (2011). Warchavchik: fraturas da vanguarda. São Paulo: Cosac & Naify.

Meira, R. R., (2013). Frente ou fundo?: a inserção da casa unifamiliar na escala residencial do Plano Piloto de Brasília. Dissertação de Mestrado em Arquitetura e urbanismo, Universidade de Brasília. [Consultado em 3 de julho de 2022]. Disponível em: https://repositorio.unb.br/handle/10482/16427

Novacap, (1957a). Brasília: revista da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil. Ano I(7). [Consultado em 27 de julho de 2022]. Disponível em: https://www2.senado.leg.br/bdsf/handle/id/506967

Novacap, (1957b). Brasília: revista da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil. Ano I(10). [Consultado em 27 de julho de 2022]. Disponível em: https://www2.senado.leg.br/bdsf/handle/id/506967

Pacheco, M. E. O., (2015). Os limites da gentrificação na Vila Planalto. Dissertação de Mestrado em Arquitetura e urbanismo, Universidade de Brasília. [Consultado em 23 de julho de 2022]. Disponível em: https://repositorio.unb.br/handle/10482/20737

Palazzo, P. P. e Ficher, S., (2005). Os paradigmas urbanísticos de brasília. In: Cadernos PPG-AU/FAUBA, ano III, Salvador. Salvador - Bahia: PPG-AU/FAUBA. pp. 49–71. [Consultado em 15 de maio de 2022]. Disponível em: https://www.academia.edu/2038618/Os_paradigmas_urbanísticos_de_Brasília

Trigueiro, E. e Marques, S., (2015). À la recherche de la maison moderniste perdue. In: Casas e casos: sobre modos de morar no Nordeste do Brasil, Natal, Brasil. Natal: EDUFRN. pp. 95–121. [Consultado em 30 de outubro de 2021]. Disponível em: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/20029

Turner, A., Doxa, M., O'Sullivan, D. e Penn, A., (2001). From isovists to visibility graphs. Environment and Planning B: Planning and Design. 28, 103–121. [Consultado em 20 de novembro de 2021]. Disponível em: https://core.ac.uk/download/pdf/1668886.pdf

Zevi, B., (2009). Saber ver a arquitetura. 6a ed. Traduzido do Italiano por Maria Isabel Gaspar e Gaeten Martins de Oliveira. São Paulo: WMF Martins Fontes.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2022 Gabriela Pires Lucas, Ana Paula Campos Gurgel, Isadora de Almeida Furtado, Pillar Accioly Lima

Downloads

Não há dados estatísticos.